Behaviorismo
O behaviorismo é uma teoria que estuda eventos psicológicos a partir de evidências comportamentais e se apresenta como uma psicologia objetiva em oposição ao subjetivismo. Segundo Graham (2007), o behaviorismo é uma doutrina que entende a psicologia como ciência do comportamento e não da mente. Nessa perspectiva, o comportamento é explicado sem referência a eventos mentais, pois estes podem ser traduzidos em conceitos comportamentais.
Graham esclarece que essa teoria tem suas raízes no associacionismo clássico dos empiricistas britânicos John Locke e David Hume que viam o comportamento inteligente como produto da aprendizagem associativa. Humanos e animais aprenderiam ao fazer associações entre experiências e estímulos de um lado com idéias e pensamentos de outro.
Watson (1924) e Skinner (1957) tiveram forte influência sobre as teorias de aprendizagem em geral e, especialmente, sobre a visão de aquisição de línguas maternas e estrangeiras.
1.1. John B. Watson
Watson (1930) se intitula o fundador do behaviorismo. Sob a influência do positivismo, rejeita a consciência e o subjetivismo e considera que a matéria de interesse da psicologia é o comportamento humano, defendendo, conseqüentemente, a pesquisa experimental. Watson considera ilógica qualquer tipo de introspecção e propõe, por analogia com a medicina, a química e a física, a abolição do vocabulário científico de termos tais como “sensação, percepção, imagem, desejo, propósito, e até pensamento e emoção conquanto definidos de forma subjetiva” (p.6).
O behaviorismo, na concepção de Watson, se limita a formular leis sobre os fenômenos observáveis – os comportamentos. Diz Watson (1930, p.6):
Nós podemos observar o comportamento – o que o organismo diz ou faz.
E vamos deixar claro de uma vez que falar é fazer – isto é, comportamento. Falar abertamente ou para nós mesmos (pensar) é um tipo de comportamento tão objetivo como o baseball.
Os comportamentos