BDI de 22% é impraticável
Para Presidente da APEOP, BDI de 22% é impraticável
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Presidente recém-empossado da Apeop comenta atraso das obras do PAC, pontua principais problemas nas licitações e critica preços do Minha Casa, Minha
Vida
Por Mirian Blanco
Edição 96 - Julho/2009
Luciano Amadio, presidente recém-empossado da Apeop (Associação Paulista dos Empresários de Obras Públicas), assumiu a liderança da entidade com mandato de dois anos. E esse período deve ser movimentado pois conta com: início das construções do Minha Casa, Minha
Vida;
eleições presidenciais que tradicionalmente trazem consigo a promessa de um volume súbito de empreendimentos; CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) da
" Centenas de construtoras [do PAC]
Petrobras, com a polêmica dos contratos de já executaram bem mais serviços do obras públicas, e os preparativos para a Copa de que já receberam - e estão
2014.
apresentando sérios problemas de caixa" Luciano Amadio
Para Amadio, o cenário é otimista. "Depois de muito tempo, a construção civil de obras públicas vai crescer num ritmo sustentável por um período razoavelmente longo, saindo daquele comportamento de sobe-e-desce das últimas décadas, em que se contratava muito e depois se demitia muito", diz. Para ele, a esfera pública despertou para a construção civil. "Sinto que os governos federal, estaduais e municipais acordaram que somos o setor que mais emprega." Apesar do tom positivo, Amadio não poupa críticas ao sistema de contratação de obras públicas.
Confira.
Grande parte das associadas da Apeop toca obras do PAC. Qual o motivo de tanto atraso desses empreendimentos?
Existem sérios embaraços em relação ao andamento dessas obras. Um deles é a morosidade da Caixa Econômica Federal em relação à análise das medições e correspondente liberação dos recursos; outro é que a cada alteração de projeto (que se faz necessária especialmente nas obras de urbanização de favelas), a Caixa exige uma reprogramação de cronogramas