Batalhas travadas durante a conquista da Gália
Independentemente de César ser um homem ambicioso. Desejoso de fazer fama nos combates e nas aquisições territoriais fazia tempo que os romanos olhavam cobiçosamente para a Gália. Ainda que ela se apresentasse extremamente dividida (Bélgica, Aquitânia e Gália propriamente dita), com suas 60 tribos se desentendendo e sendo rivais, ela era uma ameaça permanente a fronteira norte da Itália. Além de possuir enorme riqueza agrícola e mineral, bem como prodigiosa criação de gado, tinha uma notável rede de rios navegáveis, tais como o Ródano, o Garona, o Loire, Mosele, Reno, Oise, Saône, Somme, Sena, etc., apresentava-se, pois, como uma questão de segurança.
Tanto assim que foi daquelas terras de onde partiu a maior ameaça que Roma sofreu em todos os tempos: a impressionante campanha de Aníbal Barca, o general cartaginês que por pouco não pôs fim à própria Roma, quando invadiu a Itália em 218 a.C.. Portanto, os estadistas romanos estavam sempre à espreita de uma oportunidade de rumarem com suas armas para o norte e colocar a Gália inteira sob sua tutela. César narrou no De Bello gallico (‘Comentários sobre a Guerra Gálica’, Livro I,) que foi atendendo ao chamado dos celtas que terminou por envolver-se na guerra.
Batalhas travadas durante a conquista da Gália
Entrou em ação a pedido dos galos-sequanos para neutralizar o chefe germano Ariovisto, que assolava a região, e, a partir de então, suas legiões não pararam mais de marchar e lutar até que todo o território celta ficasse submetido. Sua força núcleo compunha-se das legiões Claudia (VII legião), Augusta (VIII legião), Hispana (IX legião) e a Gemina (X Legião), num total de 24 mil combatentes, fora os 12 mil das tropas auxiliares. Seu objetivo era impedir por meio militar que o líder suevo implantasse, como era seu intento, uma Gália Germânica na parte setentrional da França de hoje, pois ela poderia servir como trampolim para futuras incursões dos bárbaros sobre a área controlada pelos