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Usuários de droga na Rua Helvétia, na região da cracolândia, em 13 de janeiro - Apu Gomes/Folhapress
Desde que o governo de São Paulo lançou seu novo programa de combate ao crack, que prevê a internação compulsória de dependentes químicos, dezoito usuários foram internados involuntariamente, todos com consentimento da família. Até o momento, nenhum paciente teve a internação compulsória decidida pelo plantão judiciário montado pelo governo estadual e a Justiça para analisar com rapidez casos extremos de dependentes da droga.
Segundo dados do governo, desde que a nova ofensiva contra o crack foi lançada, em 21 de janeiro, o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) de São Paulo conseguiu a internação de 189 dependentes químicos em todo o estado. Cerca de 90% dessas internações foram realizadas com o consentimento do paciente. Quarenta e sete internações ocorreram durante o feriado de Carnaval.
Entre todos os dependentes internados, 84% são do sexo masculino e 94% têm entre 18 e 59 anos. Outro dez internados são adolescentes. Nesse período, o Cratod também atendeu 6.093 ligações telefônicas de usuários e familiares procurando informações e realizou 1.203 atendimentos a dependentes químicos.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira durante o lançamento de uma tenda externa em frente à sede do Cratod na capital. O governador Geraldo Alckmin participou da abertura. A nova tenda foi montada para facilitar a triagem dos usuários e familiares que vão ao local.
"Foi feito um local adequado, com funcionários da Secretaria do Desenvolvimento Social, da Saúde e da Justiça. Tem assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros. A conversa é mais próxima, ali é o primeiro contato", disse Alckmin.