Base da alcantara
O Ministério da Defesa designou, em 28 de agosto de 2003, Comissão Técnica de Investigação que, em Relatório apresentado em 10 de fevereiro de 2004, concluiu pelo seguinte:
"A análise das informações coletadas durante a investigação conduziu às seguintes conclusões de caráter geral”
(1) o acidente teve início com o funcionamento intempestivo, porém nominal, do propulsor A do primeiro estágio;
(2) foram encontrados fortes indícios de que o funcionamento intempestivo do propulsor A tenha sido causado pelo acionamento, também intempestivo, de um dos detonadores do conjunto de ignição do referido propulsor;
(3) dentre as causas analisadas do acionamento do detonador do propulsor A, destacam-se: corrente elétrica pela "linha de fogo" e descarga eletrostática no interior do detonador. Não foi possível, entretanto, identificar com precisão se uma dessas duas hipóteses foi a causa do acionamento do detonador;
(4) não foi identificada falha ativa (erro ou violação com resultados imediatos) que tenha, diretamente, dado início ao acidente;
(5) foram identificadas falhas latentes (medidas adotadas ou decisões tomadas, geralmente muito antes do acidente, cujas consequências podem permanecer latentes por longo período); e
Convém, porém, transcrever aqui também as conclusões a respeito dos quatro fatores analisados pela Comissão Técnica de investigação, a saber: Fator Meteorológico, Fator Material, Fator Operacional e Fator Humano:
"FATOR METEOROLÓGICO”
As condições meteorológicas reinantes no dia do acidente, 22 de agosto, apresentavam-se boas, com ventos fracos e sem formação de nuvens que possibilitassem a ocorrência de chuva ou de descargas elétricas. Com base nessas condições favoráveis, a subcomissão que efetuou a análise do Fator Meteorológico concluiu não haver evidências de que as condições meteorológicas existentes no CLA tenham contribuído diretamente para o acidente. Em que pese a conclusão acima estar intrinsecamente correta, há que se