Barão de Mauá
RELATÓRIO
Irineu Evangelista de Sousa foi morar com seu tio Batista no Rio de Janeiro, quando sua mãe resolveu se casar novamente e seu novo marido não aceitava que Irineu morasse com eles. Aos nove anos de idade, começou a trabalhar de caixeiro para o Sr. Pereira num mercado de escravos. Desde já, Irineu tinha em sua cabeça que nunca teria um escravo, porque achava injusto e que éramos todos iguais. O tempo foi passando e Irineu continuava a trabalhar para Sr. Pereira, que entrou em uma crise econômica pelo fato de ter perdido 200 escravos jogados ao mar pelos ingleses. Para não perder todos os seus bens, pediu um prazo de um ano para pagar suas dívidas. Irineu logo correu atrás de receber a quem devia Sr. Pereira. Seu Queiroz pediu um prazo de um ano, mas Irineu só deu seis meses. No fim desse prazo, Seu Queiroz foi pedir uma prorrogação de dois meses para pagar, mas Irineu não aceitou. Não tendo como pagar, Irineu pediu que Seu Queiroz que assinasse um documento onde passasse todas suas propriedades juntamente com escravos para o nome de Sr. Pereira. Revoltado, Seu Queiroz se matou. Irineu pagou todas as dívidas de Sr. Pereira. Irineu começou a trabalhar numa empresa de importação e exportação, cujo objetivo era ganhar dinheiro. Aprendeu então a falar várias línguas. Casou com sua sobrinha, tiveram três filhos, sendo que dois nasceram mortos. Irineu comprou uma propriedade com escravos, mas logo tratou de empregá-los, passando assim a serem operários. Apostava no ferro, pois acreditava que seria uma boa fonte de riqueza. No ano de 1844, a criação da Tarifa Alves Branco elevou os impostos alfandegários sobre os produtos provenientes do mercado externo. Apesar de não ter esse objetivo, o imposto se transformou em uma eficiente barreira protecionista que abriu portas para o primeiro surto industrial experimentado na história do Brasil.