Barulho na igreja
Uma pesquisa nos EUA mostrou que jovens expostos a um ruído médio inferior a 71 decibeis, entremeados com pulsos de 85 decibeis só a 3% do tempo, tiveram aumentos médios de 25% no colesterol e 68% numa das substâncias provocadoras de estresse: o cortisol. Mas já a partir de 55 decibeis acústicos a poluição sonora provoca estresse, segundo a Organização Mundial de Saúde. Pelo nível de ruído das nossas igrejas, podemos entender porque o estresse tem se tornado tão comum no meio evangélico, surgindo ou agravando arterioscleroses, problemas de coração e de doenças. Fernando Pimentel de Souza, professor da UFMG, especialista em Neurofisiologia e membro do Instituto de Pesquisa do Cérebro, UNESCO, inclui entre os efeitos da exposição aos altos decibéis a “sonolência, fadiga, diminuição da produtividade e problemas de relacionamento social e familiar. Ele acrescenta:
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“Se o ruído é excessivo, o corpo ativa o sistema nervoso, que o prepara contra o ataque de um inimigo invisível, sem pegadas, que invade todo o meio embiente pelas menores frestas por onde passa o ar ou por toda ligação rígida à fonte ruidosa. O cérebro acelera-se e os músculos consomem-se sem motivo. Sintomas secundários aparecem: aumento de pressão arterial, paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele e até mesmo impotência sexual” [¹]
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Também é bom lembrar que um rítimo repetitivo de fala, entre 42 a 72 golpes por minuto (semelhante ao coração humano) é comprovadamente hipnótico e pode gerar uma alteração do estado de cosnciência, tornando-a até 25 vezes mais sugestionável. Com base nisso, podemos entender melhor alguns fenômenos “espirituais” que acontecem durante a pregação de alguns avivalistas.
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Contudo, o pior problema da pregação contemporânea não é o som alto, e sim a má qualidade dos sermões pregados. Saúde, prosperidade e muita “unção” são os temas recorrentes dos mensageiros da atualidade e a pregação cristocêntrica vai ficando cada vez mais