Barroco
O barroco Joanino
Em Portugal, o barroco atingiu o seu esplendor na primeira metade do século XVIII, com D.João V.
As remessas de ouro do Brasil permitiram que D.João V chamasse artistas estrangeiros e mandasse realizar várias obras de arte.
As várias vertentes da produção artística ao longo do reinado de D. João V receberam a designação genérica de Barroco Joanino. Contudo, este extenso período de 44 anos, apesar de se consubstanciar em torno da figura do Magnânimo e da sua política absolutista, não apresenta uma homogeneidade de correntes artísticas. Nesta classificação abrangente integram-se diferentes manifestações da arte barroca setecentista.
Caracterizando o reinado de D. João V, podemos afirmar que este foi marcado por um longo período de paz, após as desgastantes lutas da Restauração. O tempo de D. João V coincide com o despertar do ciclo económico do ouro e dos diamantes do Brasil, mais-valia preciosa que incrementará uma renovadora política de mecenato de grandes edificações, quer de patrocínio da Coroa, quer ainda de iniciativa do Clero e da alta nobreza. Esta opulência e enriquecimento reflectiram-se no aparato e na monumentalidade das obras de arte, concebidas numa triunfante linguagem barroca.
No campo artístico, a procura de uma encenação grandiosa do poder foi acompanhada por uma abertura e pelo estabelecimento de contactos com tratados, obras de arte e artistas estrangeiros. Isto traduziu-se numa clara influência do Barroco internacional, sobretudo a partir do segundo quartel do século XVIII, altura em que a severidade característica do Barroco Nacional vai cedendo lugar à renovada linguagem deste Barroco estrangeirado.
A corrente de renovação assolou todo o país e manifestou-se nas mais diversas produções artísticas. A arquitectura, a escultura e a pintura, bem assim como as artes decorativas – mobiliário, ourivesaria e, sobretudo, a talha e o azulejo –, foram incrementadas e personalizadas por uma