barroco

“Renascimento, Maneirismo e início do Barroco” Hélio Dias Ferreira
4ª Aula

Nessa transição entre o Renascimento e o Maneirismo, encontramos Michelangelo (1475-1567). Alguns estudiosos gostam de considerá-lo do período maneirista, isso porque podemos perceber no trabalho dele uma deformação característica desse período. Entretanto, podemos encaixar esse grande escultor ainda no Renascimento por sua grande preocupação com a organização de seu trabalho e apelo ao momento clássico.
Pode-se dizer que Michelangelo, com suas figuras espiraladas e ricas em gestos, já antecipava tanto o Maneirismo quanto o Expressionismo do século XX. Isso, porque seu traço prezava pelo movimento, pela torção e deformação das figuras. Como categoria estética, é mais importante a expressão, interpretação e leitura própria dos artistas são maiores que a mimese, não há, em alguns artistas, apenas a intenção de copiar (mimesis). A escultura de Michelangelo, de fato, não é uma cópia, muitas vezes, quando observadas de perto vemos um corpo masculino com implantes de seios femininos, além disso, os braços são longos e definidos, em uma linguagem bastante expressionista como já sugerido.
Michelangelo, assim como a maioria dos artistas de sua época, era escultor, mas dominava a arte em vários outros aspectos, se destacando ainda na pintura e desenhos. Nesse sentido, o escultor passou nove anos de sua vida trabalhando como pintor, em uma de seus mais conhecidos trabalhos, fazendo os afrescos da Capela Sistina e, tempos depois, o Juízo Universal.
Mas antes de chegarmos nos detalhes sobre a Capela Sistina, vamos nos ater a história de Michelangelo. Nascido em 1475 em uma aldeia próximo à Florença. Seu pai era um religioso fanático e muito violento, sua mãe faleceu quando ele tinha apenas seis anos de idade. Por conta desse evento, ele acabou sendo criado por uma ama-de-leite, cujo marido trabalhava como cortador de mármore. Foi assim que Michelangelo conheceu o mármore com o qual teria