Barroco Gregório de Matos
O primeiro soneto apresenta um eu (Lisardo) que despedi de um tu (Silvia) tentando confortá-la de sua partida porque ela se encontra muito chorosa, diferencia-se do segundo soneto, em que o eu (Amante) sofre com a ausência do tu (Clóris). Esses sonetos fazem parte da produção lírico-amorosa de Gregório de Matos tratando da morte, saudade, ausência, despedida.
Na 1ª estrofe _ 1º soneto _ Gregório usa a comparação no 3º e 4º verso dizendo que não sabe quem mais sofre, se é ele que não tem mais vida ou se ela que choras pela sua ausência.
Já na 1ª estrofe, 2º e 3º versos referente ao segundo soneto há presença de paradoxos, responsáveis muitas vezes pela sugestão de conflitos indissolúveis; e a construção de jogos sonoros, as rimas nos finais dos versos “Que de Amor teve o logro por ventura”/ “Por que trocas em sombra a formosura.” E o 5º verso desse soneto há uma notável personificação, isto é, consiste em atribuir a objetos inanimados ações próprias dos seres humanos. Nota-se também que Gregório faz referência ao arcadismo quando nomeia sua amada de Clóris.
Observa-se que esses sonetos são fortemente marcados pelo dualismo amoroso “Vós com indícios d’alma piedosa”, “Mostrais a dor em água convertida /que leva normalmente a um sentimento de dor /culpa.
Estruturalmente são compostos por 14 versos decassílabos com rimas entrelaçadas ou opostas nos dois quartetos dos dois poemas, no 1º ABBA, ABBA, CDE, CDE (rigorosa/chorosa, despedida/vida,