Barreiras para despoluição do rio tietê na região metropolitana de são paulo
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
MBA – Gestão Ambiental e Práticas de Sustentabilidade
Professor Renato A. Tagnin – Gestão de Recursos Hídricos
Barreiras para Despoluição do Rio Tietê na Região Metropolitana de São Paulo
Justificativa
A história de minha família é muito ligada a este rio. Meus avós eram agricultores e grande parte da renda da família vinha da pesca e da irrigação provindas de suas águas.
Lembro de quando era criança e costumava nadar e pescar na represa de Ibitinga. Com o passar dos anos as águas foram se tornando cada vez mais poluídas, os peixes cada vez mais apareciam com tumores e más-formações. O rio está morrendo e isto a mais de 270 km de distância da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Entendo que grande parte deste problema começa na RMSP onde diariamente, toneladas de efluentes não-tratados são despejados nas águas do Rio Tietê.
Este descaso com o rio, o transforma em um verdadeiro "esgoto a céu aberto", inutilizando-o por uma longa faixa interior a dentro do estado de São Paulo.
Muito se fala, há quase 20 anos, sobre o projeto de despoluição do rio. Mas em verdade, pouco se contabiliza de sucesso em suas etapas. O objetivo deste trabalho é identificar possíveis barreiras e problemas que o projeto enfrenta, para a diminuição da carga de efluentes não-tratados lançados na RMSP e posterior diminuição da faixa de poluição do rio.
O Rio Tietê
O Rio Tietê percorre o estado de São Paulo de leste a oeste. Nasce em Salesópolis, na Serra do Mar, a 840 metros de altitude e não consegue vencer os picos rochosos rumo ao litoral. Por isso, ao contrário da maioria dos rios que correm para o mar, segue para o interior, atravessa a Região Metropolitana de São Paulo e percorre 1.100 quilômetros, até o município de Itapura, em sua foz no rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul.
De acordo com a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), em 1995, o Rio Tietê ainda recebia uma carga