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A CIÊNCIA DA
TEOLOGIA DOGMÁTICA
O estudo sistemático das verdades da fé cristã é descrito por muitos termos diferentes. A designação “dogmática” tem a vantagem de fixar esse estudo no ensino normativo ou dogmas da igreja. Os dogmas são simplesmente aquelas verdades devidamente estabelecidas na Escritura como coisas que devem ser cridas. Uma verdade confessada pela igreja não é um dogma porque a igreja a reconhece, mas unicamente porque ela repousa sobre a autoridade de Deus. Não obstante, o dogma religioso é sempre uma combinação da autoridade divina com a confissão da igreja. Os dogmas são verdades reconhecidas por um grupo específico.
Embora os dogmas da igreja tenham autoridade somente se forem realmente verdades de Deus, o ensino da igreja nunca é idêntico à verdade divina em si. Ao mesmo tempo, é um erro desvalorizar a maior parte dos dogmas como aberrações inconstantes da pura essência do evangelho não-dogmático, como fazem alguns teólogos modernos. A oposição ao dogma não é uma objeção geral ao dogma como tal, mas uma rejeição de dogmas específicos considerados inaceitáveis por alguns. Dessa forma, a teologia depois de Kant nega os dogmas arraigados em um conhecimento de Deus por causa do dogma moderno de que Deus é incognoscível. Os dogmas arraigados na moralidade ou na experiência religiosa são então colocados em seu lugar. Contudo, do ponto de vista da ortodoxia cristã, a dogmática é o conhecimento que Deus revelou em sua Palavra à sua igreja a respeito de si mesmo e de todas as criaturas em relação a ele. Ainda que objeções a esta definição em nome da fé geralmente provoquem enganos, nunca se deve esquecer que o conhecimento de Deus, que é o verdadeiro objeto da teologia dogmática, só é obtido pela fé. Deus não pode ser conhecido por nós sem a revelação recebida por meio da fé. A dogmática nada mais procura do que ser verdadeira para o conhecimento de fé dado nessa revelação. A dogmática, portanto, não é a ciência da fé ou da