"Euro forte, euro fraco-duas culturas uma moeda"
A palestra que se realizou no passado dia 28 de fevereiro de 2014, na ala magna da UTAD teve como orador o professor Vítor Bento, licenciado em Economia pela Universidade de Lisboa e mestre em filosofia pela Universidade Católica Portuguesa.
A conferência incidiu nos seguintes pontos:
1. As origens do rigor monetário alemão;
2. Convergências e divergências pró-euro;
3. Uma moeda, duas culturas;
4. Narrativas da crise;
5. Os desafios da União.
No primeiro ponto, o orador começou por referir a obra” Fausto” de Goethe, politico Ministro do Duque de Saxe Weimar. Na segunda parte da obra, há uma componente em que o autor alerta para o excesso de emissão monetária. No início dos anos 20, houve um período de hiperinflação, o qual conduziu ao empobrecimento da classe média. Com a ratificação do tratado de Versalhes deu-se a queda da república de Weimar e deu origem à ascensão do regime nazi. Neste regime, a inflação foi reprimida de modo a não originar um novo período de hiperinflação. A TROIKA, potencias ocupantes (EUA, Inglaterra…) impos reforma monetária, na qual um dos passos era destruir o excesso de emissão monetária, os marcos velhos (moeda antiga da Alemanha) eram transformados em marcos “novos”. Outro dos passos para a reforma monetária era criar o Banco Central de modo a haver estabilidade de preços na Alemanha e uma moeda forte. No segundo ponto, utilizaram duas formas para o ajustamento: processo institucional, e inflação e desvalorização. Nesta ultima, aumentavam os preços, o salário nominal baixava, a inflação tirava competitividade à economia e para que esta fosse restaurada era necessário recorrer à desvalorização. Para a convergência havia duas correntes de pensamento: monetarista (França, Bélgica e Itália) e economista. Quando se pensou em criar o Euro, havia duas visões: grupo Euro Fraco (monetarista) e Euro Forte (economista). No grupo Euro Fraco intencionava-se “ aprisionar” o marco alemão, anular o poder de Bundesbbank,