banco de dados geograficos
A integração da tecnologia de sistemas de informações geográficas (SIGs) com os sistemas de bancos de dados relacionais (SGBD-R) e a busca por padrões de interoperabilidade entre sistemas geoe-spaciais foram assuntos que dominaram grande parte da agenda da academia, da indústria e da comunidade de usuários de dados geográficos em geral nas duas últimas décadas do século XX. Como resultado, presenciou-se o surgimento dos serviços geográficos na web, do suporte geo-espacial integrado em quase todos os SGBD-R e o começo da criação das grandes infraestruturas de dados espaciais. No entanto, desde meados dos anos 90, no campo das tecnologias de banco de dados, um grande debate científico internacional vem crescendo sobre novos sistemas que sejam mais adequados às novas demandas de aplicações não convencionais. Essas tecnologias nasceram com o uso extensivo da internet e a grande capacidade de capturar dados e informações em formato digital através de uma miríade de dispositivos e novos sensores, tanto na área das ciências como nas relações em sociedade, através dos dispositivos móveis de comunicação multimídia. Ciências como a Astronomia, as novas questões apresentadas a partir de vários recortes disciplinares distintos em um contexto de mudanças climáticas e ambientais e as novas demandas de um mundo fortemente conectado através da informação em rede e em tempo quase real construíram novos desafios para o armazenamento e recuperação de informações, não imaginados quando os conceitos e tecnologias de SGBD-R foram estabelecidos e os sistemas para lidar com volumes de dados geográficos apareceram. Este trabalho procura apresentar uma revisão crítica da literatura de bancos de dados geográficos e das tecnologias de armazenamento desenvolvidas ao longo deste período, incluindo os sistemas NoSQL, uma nova classe de sistemas não relacionais que vem sendo empregada em diversos domínios de aplicação. Esta revisão mostra como estas