Balistica
Escrito por Major-General JOÃO ERNESTO VELA BASTOS | 12-Jun-2010 | A Balística ocupa-se do movimento do projéctil, quer enquanto percorre o tubo da arma, assumindo a designação de Balística Interna, quer quando se move na atmosfera, designando-se então como Balística Externa.
O seu objectivo último é permitir ao atirador apontar a arma, disparar e atingir um objectivo, com um máximo de eficácia e, se possível, com eficiência .
Este é um tema que, normalmente, a maioria dos leigos na matéria julgam complicado e cuja compreensão obriga a dominar áreas do saber tão diversas como a Análise Matemática, a Mecânica, a Química, a Termo-dinâmica e a Mecânica de Fluídos. Convenhamos que os leigos têm razão.
Este artigo é escrito com a intenção de transmitir, de uma forma despre-tensiosa, mas com rigor, o que é a Balística, que objectivos pretende atingir, as suas limitações e, enfim, que outras abordagens poderá ter no futuro.
O artigo está estruturado numa Introdução, na qual se faz uma necessariamente breve resenha histórica de enquadramento do tema.
Segue-se-lhe a Balística Interna onde se caracteriza o movimento do projéctil no interior do tubo e a sua causa, por intermédio de uma substância, a pólvora, que tem a propriedade de se transformar, com a rapidez adequada, em gás, libertando significativa quantidade calor, o que provoca um aumento de pressão e o subsequente início do movimento daquele.
Na Balística Externa procede-se ao estudo do movimento do projéctil na atmosfera, após abandonar o tubo da arma, considerando-se como factores condicionantes do problema a energia cinética de que aquele está animado e as influências a que fica sujeito, sendo as mais importantes a atracção gravítica terrestre e a resistência do ar.
Em Considerações Finais faz-se uma síntese do artigo, traçando-se possíveis cenários para a Balística, num futuro provavelmente próximo. 1. INTRODUÇÃO
O movimento, da grande