Bacteriologia do Trato Respiratório Superior.
CURSO TÉCNICO DE BIOTECNOLOGIA
Aula Prática 5: Bacteriologia do Trato Respiratório Superior.
Diana Braga
Maria Sibely
Núbia Eliza
Belo Horizonte,
2014
1.Introdução
Dentre todos os processos infecciosos, os respiratórios são os que com maior frequência acometem o homem. A maioria das infecções do trato respiratório superior são autolimitadas, de etiologia viral, porém outras são provocadas por bactérias e exigem tratamento antimicrobiano. São consideradas IVAS (infecções de vias aéreas superiores) infecções da laringe, nasofaringe, orofaringe, nariz, seios paranasais e ouvido médio. Como muitas vezes são indistinguíveis clinicamente, o diagnóstico laboratorial é fundamental. A identificação de uma bactéria patogênica ou potencialmente patogênica não necessariamente indica seu envolvimento na infecção, pois estes microrganismos podem também ser detectados em portadores como é o exemplo do Haemophilus influenzae. Desse modo, o conhecimento da flora normal do trato respiratório é essencial para a interpretação dos resultados da cultura. Alguns patógenos como Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, entorobactérias e leveduras com Candida albicans podem ser componentes transitórios da flora da orofaringe em indivíduos saudáveis, sem desenvolvimento de doença. O trato respiratório abaixo da laringe não possui flora residente normal.
A mucosa nasal anterior é frequentemente colonizada por Staphylococcus aureus. Infecções nasais são raras. Embora o nariz seja um sítio comum de colonização do Staphylococcus aureus, uma infecção local não é tão freqüente quanto as que ocorrem nos sítios vizinhos (seios paranasais e nasofaringe).Já a nasofaringe é frequentemente colonizada por bactérias de importância epidemiológica. A secreção local é utilizada para o diagnóstico da coqueluche, e a cultura de swabs