Bacia
Não há correlação entre o óleo acumulado e a rocha geradora, mas há alguma evidência geoquímica do óleo e/ou gás, segundo a classificação de Magoon e Dow.
Segundo o autor, o sistema Jandiatuba-Juruá é atípico, contém até o momento 99,8% das acumulações comerciais de petróleo da bacia, sendo formado por rochas geradoras devonianas com mais de 40 m de espessura, mais de 4% de teor médio de carbono orgânico e reflectância de vitrinita acima de 1%.
Rocha-reservatório carbonífera com mais de 40 m de espessura e cerca de 18% de porosidade.
Excelentes rochas selantes evaporíticas, também carboníferas, situada acima da rocha-reservatório.
O autor ainda afirma que houve formação de trapas pretéritas no Paleozóico.
O início da geração do petróleo teria ocorrido no Carbonífero por efeito do soterramento, com taxa de transformação do querogênio de até 50%, e expulsão do petróleo no Triássico por efeito do calor das intrusões básicas, com taxa de transformação de quase 100%.
Migração primária para os arenitos devonianos situados acima e abaixo da rocha geradora.
Migração secundária através dessas camadas carreadoras ou através de falhas antigas.
Acumulação do petróleo em trapas estruturais, estratigráficas e/ou combinadas.
A remobilização teria ocorrido pela tectônica Juruá (Neojurássico-Eocretáceo) e concentração do petróleo nas novas trapas estruturais formadas pelo mesmo evento.
Segundo o autor todos os elementos essenciais estiveram posicionados no tempo e no espaço, permitindo a atuação dos processos requeridos para formar as acumulações.
Um sistema petrolífero ativo compreende a existência e o funcionamento síncronos de quatro elementos (rochas geradoras maturas, rochas reservatório, rochas selantes e trapas) e dois fenômenos geológicos dependentes do tempo (migração e sincronismo).