Bacharelado
É imprescindível, hoje, buscar o equilíbrio entre economia, sociedade e natureza
Ninguém quer ser considerado um executivo irresponsável, mas há muitos, pelo menos sob a ótica dos paradigmas atuais de boa gestão, que exigem atenção à sustentabilidade. Pois, a idéia de responsabilidade socioambiental deve ser agregada ao conceito tradicional de responsabilidade por resultados econômicos positivos. De fato, um executivo informado sabe que um dirigente só é considerado responsável quando gera valor para os acionistas, mas também para a sociedade. E, ainda, que a redução dos resíduos se reflete na maximização da eficiência econômica. Ou seja, o executivo que busca resultados à custa da sociedade e do meio ambiente é visto como um irresponsável.
Os meios de comunicação informam à exaustão sobre os problemas do nosso mundo. Por isso, é estranho que se mantenham ainda comportamentos alienados e inerciais em face das carências de ordem socioambiental. Talvez faltem estratégias que incentivem líderes a gerar climas organizacionais voltados para o futuro. Não há desculpas para os dirigentes, pois eles são responsáveis pela tomada de decisão e correção de problemas. Aos chefes, eleitos ou nomeados nas hierarquizadas sociedades e organizações, cabe delegar autoridade, nunca a responsabilidade.
Mas há dificuldades. Se muitas técnicas redutoras de resíduos podem ser incorporadas desde já, novas tecnologias não-poluentes ainda carecem de desenvolvimento. Existem também os hábitos culturalmente enraizados, que supõem que a natureza suportará qualquer agressão destrutiva. Para corrigir este pensamento um executivo pode – e deve - mobilizar consciências. Esse trabalho não é fácil, mas haverá aplausos da maioria, que quer um mundo mais limpo. Uma gestão responsável, que reduz desperdícios, além de atender aos requisitos ambientais e sociais, gera renda para os trabalhadores, como acontece em São Paulo, onde 20 mil pessoas atuam