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Área das Ciências Socialmente Aplicáveis
CURSO DE DIREITO
PSICOLOGIA
Tamyris de Brito Hornschu
ROTA 66: A História da Polícia Que Mata.
O presente texto é uma resenha de um livro intitulado “Rota 66, A História da polícia Que Mata”, de Caco Barcellos, tendo sua 5º edição publicada em 2005, pela Editora Record, do Rio de Janeiro.
O autor trata no livro, de uma forma que poderia ser caracterizada pela indignação, com certo grau de assombro pela sociedade atual, da violência de Policiais Militares das décadas de 60,70,80 e inicio dos anos 90 na cidade São Paulo. Uma violência que tendia a afetar pessoas que possuíam uma característica em comum, cor parda, quando não negras, podres e moradores de áreas menos beneficiadas da cidade, em raros casos as vítimas eram brancas e/ou ricas, com algumas exceções, como o caso dos os três jovens do Fusca Azul, história que dá inicio ao livro, mortos pela ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, após uma acirrada perseguição pelas ruas da cidade e grande prejuízo ao bem público. O caso, por ser diferente dos demais, ao envolver a minoria rica paulistana, trouxe grande repercussão nas mídias da época e ficou conhecido como o caso Rota 66.
A obra apresenta um número bem elevado de dados e estáticas, que podem assustar, sobre os números dessa violência, que ao ser comparada com revoltas, revoluções e guerras ocorridas no passado, perde apenas para a Guerra do Paraguai, a mais violenta já registrada no país, que deixou 19 mil mortos e 27 mil feridos. Estima-se que a guerra não declara dos PMs deixou entre 7.500 e 8 mil vítimas até junho de 1992. Ao ser consultado pelo autor, o professor Hernani Donato, um historiador especialista em guerras, afirma que em um confronto “normal”, onde há troca de tiro, o número de feridos supera os números de mortos, em ambos os lado, mas esse não é um confronto “normal”, é um confronto silencioso, covarde,