Babilônia

524 palavras 3 páginas
Nabucodonosor |(1128-11O6 a.e.c.), ao capturar o trono babilônio empreendeu-se em árdua campanha militar a fim de resgatar as estátuas roubadas dos deuses Marduk e
Zarpanitum(esposa de Marduk), que estavam em poder de Elam. Tal ato serviu não apenas para elevar o moral da Babilônia como para legitimar o poder e soberania do próprio Nabucodonosor
Ao se aproveitar do sucesso da incursão que trouxe Marduk de volta para a cidade,
Nabucodonosor afirma que o deus não é apenas o titular da cidade de Babilônia, mas também o deus supremo do panteão babilônio. Nesse sentido, o rei durante todo o seu reinado havia encomendado um grande número de obras literárias que em sua maioria reconheciam e registravam seu grande desempenho e vitória sobre Elam e também demonstravam a grandeza Marduk.
Dessa forma Nabucodonosor não apenas garante sua estabilidade no poder e consegue convergir para si o apoio do povo, mas também registra seu nome na história. Também, por querer ser visto como um rei que seguia estritamente o que dispunha a tradição, Nabucodonosor | adoto velhos títulos reais e nomeia sua filha como sacerdotisa do deus-lua em Ur, dando a ela a posição de entu.
E é nessa esteira que a Babilônia acaba por se tornar não somente um importante centro econômico, mas também religioso. A partir daí também é composto (ou adaptado) um poema mítico acerca da criação da Babilônia, o Enuma elish, que ressalta a posição central de Marduk, conferindo ao deus a responsabilidade pela origem humana e reiterando a necessidade de assegurar o lugar do soberano a fim de manter a ordem do cosmos.
Assim sendo, O Enuma elish passa a ser recitado anualmente na ocasião do festival do ano-novo. Esse ritual é de suma importância porque nele se dá a transferência simbólica do poder do deus Marduk para o rei da Babilônia. A cerimônia também sublinhava a importância primordial da Babilônia como centro litúrgico; por isso todos os deuses e deusas de outras cidades importantes

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