ações do vendo em estruturas
2.3.4 Ações variáveis – efeito do vento
A pouco tempo atrás, no final da década de 70, as normas referentes ao cálculo do efeito do vento em edificações eram simples. Os acidentes ocorriam, porém, com menos frequência, pois as estruturas correntes até então, contavam, principalmente, com sua rigidez decorrente do excessivo peso próprio. Com a evolução das mesmas e, consequentemente, a redução do peso próprio, os efeitos dinâmicos passaram a ser mais relevantes, tornando necessária a evolução dos documentos normativos. Desta forma, o assunto tratado neste item está baseado nas recomendações contidas na NBR
6123:1988 - “Forças devidas ao vento em edificações”. Sua apresentação tem o objetivo de registrar alguns dos conceitos mais importantes sobre o tema, a serem utilizados no oportuno desenvolvimento do projeto de uma estrutura de cobertura. 2.3.4.1
Vento “na natureza”
De um modo sumário e simplificado, é possível considerar o vento como sendo a movimentação das massas de ar em razão das diferenças de pressão e de temperatura na atmosfera. É possível, também, definir o vento como um fluxo de ar, denominadas rajadas ou turbulências. Estas rajadas apresentam velocidade do ar superior à média e são responsáveis pelas forças que atuarão nas edificações. Como estimativa, pode-se adotar a Tabela de Beuafort, que relaciona a velocidade do vento com os efeitos produzidos.
TABELA 2.4 - Valores do fator “S2”.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Velocidade do vento
Intervalo
Média
(m/s)
(km/h)
0,0-0,5
1
0,5-1,7
4
1,7-3,3
8
3,3-5,2
15
5,2-7,4
20
7,4-9,8
30
9,8-12,4
40
12,4-15,2
50
15,2-18,2
60
9
18,2-21,5
70
Ventania
10
11
12
21,5-25,5
25,5-29,0
>29,0
80
90
105
Ventania forte
Vent. destrutiva
Furacão
Grau
Descrição do vento Calmaria
Sopro
Brisa leve
Brisa fraca
Brisa moderada
Bisa viva
Brisa forte
Ventania fraca
Vent. moderada
Efeitos devidos ao vento
---------Fumaça sobe na vertical
Sente-se o vento nas faces
Movem-se as folhas das