ação de graças
Costuma-se dizer que os professores são avessos às mudanças, que insistem na reprodução das velhas práticas pedagógicas e que, por isto, são os grandes responsáveis pelo fracasso das reformas educacionais implementadas nas redes públicas de ensino. Essa imagem "reacionária" tantas vezes atribuída aos professores e às suas práticas faz-se presente nos discursos educacionais, ora enfatizando a indisposição que o magistério teria para as inovações, ora ressaltando sua incapacidade para acompanhá-las. (SARTI, 2008, P. 47 - 65).
A virada do último milênio foi marcada pela popularização das novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC) computadores, internet, web e tantos outros recursos que suportam o trânsito de imensos e contínuos fluxos de informação, redes de pessoas, produtos e serviços, a criação e divulgação de produtos e manifestações culturais. Tudo isso acontecendo em espaços virtuais e flutuantes, desvinculados das antigas noções de tempo, espaço, status social e econômico. (HAETINGER, 2006).
Como o mundo hoje vive na era da informação, o professor deve ter um perfil dinâmico, condizente com "uma nova maneira de ser e pensar o mundo". Sob tal perspectiva, espera-se que os professores sejam no plano pessoal, receptivos à diversidade, abertos a inovações, sensíveis às dificuldades dos alunos e comprometidos com seu êxito; no plano intelectual, portadores de uma sólida formação científica e cultural, domínio da língua materna e das novas tecnologias; no plano profissional, capazes de articular os conteúdos curriculares de sua disciplina com vários outros conhecimentos e, ainda, trabalhar em equipe e assumir a gestão de seu próprio desenvolvimento profissional.