Aventuras De Pi
Indicado ao Oscar, o filme "As aventuras de Pi" ,que tem a direção de Ang Lee, parece mais do que apenas uma narrativa de sobrevivência. A história traz em seus 127 minutos de duração, uma enxurrada de simbolismos sobre destino, sentido da vida, fé e a capacidade de lidarmos com nossos próprios traumas de forma positiva. Não é a toa que Pi, logo no começo da narração, defina sua jornada em alto-mar como uma "história para acreditar em Deus", ao invés de uma mancha negra em seu passado.
O filme começa com Pi, já adulto, sendo entrevistado por um autor/jornalista , acerca de sua história surpreendente. O jornalista diz que veio procura-lo por indicação de um indiano que conhecia a história de Pi, e que disse ao jornalista que aquela história o faria acreditar em Deus ao final.
Pi começa a contar sua infância e a explicar sobre a origem de seu nome (Piscine Molitor Patel) e como passa a ser chamado apenas de Pi, relata sobre sua família, que possui um zoológico, e curiosamente sobre sua vida religiosa sendo ele um católico hindu muçulmano. A forma como desenvolveu sua fé em cada religião é dissecada em vários capítulos e confesso que achei fascinante a forma como Pi se identificava com essas religiões, tão distintas uma das outras Além de acrescentar peculiaridades sobre os animais e a vida no zoológico. Não vou estragar o filme narrando seus detalhes e efeitos, pois são estes momentos que faz o filme se tornar completamente magico.
A maior crítica que se pode fazer à mensagem do filme tem a ver com o seu final surpreendente. Quando Pi é resgatado de seu naufrágio nas costas do México, aparecem dois representantes da empresa japonesa à qual pertence o navio de carga que afundou, e do qual Pi era o único sobrevivente. Quando Pi conta a sua história, de como se salvou num bote com uma hiena que matou uma zebra e um orangotango fêmea que por sua vez foi morta pelo tigre, os investigadores não