as aventuras de pi
Considero Ang Lee o diretor mais expressivo do cinema moderno. É sensível e sabe como nenhum outro o poder uma história bem contada. O cuidado com a imagem, cena após cena, é uma particularidade do diretor. Ao lado de Scorsese com o seu Hugo, o diretor aduba o cinema 3D ao maximizar emoções com o uso da tecnologia e não apenas impressionar o espectador com efeitos espetaculosos. Os trabalhos dos dois diretores supracitados exprimem o verdadeiro sentido da feitura em três dimensões: o cinema de sensações e não apenas de impressões.
Agora mesmo, antes de postar esta crítica, analisei com mais cuidado a filmografia deste que é um dos meus diretores preferidos, e pude verificar que Pi não apenas é grande por sua força narrativa, mas grandioso devido ao talento e sensibilidade do diretor ao tratar de sentimentos, anseios e redenções. Quem assistiu ao belíssimo O Tigre e o Dragão – para citar apenas uma de suas obras mais revigorantes – sabe do que estou falando.
Então chega o momento de sentar-se à frente da tela grande e conferir a obra que, previamente, julgava ser especial. As Aventuras de Pi é um dos momentos mais espirituosos do cinema