AVC - tratamento fisioterapeutico
INTRODUÇÃO
Acidente vascular encefálico indica qualquer anormalidade do cérebro resultante de um processo anatomopatológico nos vasos sanguíneos. O processo anatomopatológico significa oclusão da luz por um trombo ou êmbolo, ruptura de vaso, qualquer lesão ou alteração da permeabilidade da parede do vaso e aumento da viscosidade ou outra modificação na qualidade do sangue (UMPHRED, 1994).
O AVE isquêmico compreende 80% de todos os AVE’s, sendo decorrente de um déficit neurológico por insuficiência do fluxo sanguíneo cerebral, isto se dá pela presença de um trombo ou por um êmbolo.
Como seqüela da lesão de neurônio motor superior surge a hemiplegia, estado caracterizado pela paralisia dos músculos de um lado do corpo, onde existe o acometimento de um dos hemisférios cerebrais, e assim como nas mais diversas patologias que envolvem o comprometimento do primeiro neurônio, estão freqüentemente presentes a hipertonia, a hiperreflexia profunda, reações patológicas, hipotrofias, alterações sensoriais, incapacidade de controle do hemicorpo acometido, além de diversas outras alterações, muitas delas, secundárias a instalação destas (SANVITO, 2002; UMPHRED,1994).
A espasticidade é um dos aspectos mais limitantes do Acidente Vascular Encefálico (AVE). Trata-se de uma anormalidade do tônus muscular que limita o movimento funcional e que se não tratada pode gerar várias deformidades nos membros dos pacientes, causando restrições dos tecidos moles com conseqüência diminuição da amplitude de movimento (ADM). Isso limita o movimento funcional e altera o posicionamento biomecânico agravando a eficácia da recuperação e a qualidade de vida dos pacientes (STOKES, 2000).
Irrigação Sanguínea Encefálica
Segundo Stokes (2000), os neurônios dependem da irrigação sanguínea contínua porque o metabolismo encefálico é quase exclusivamente aeróbio. São quatro as artérias que levam o sangue até o encéfalo: duas artérias carótidas e duas artérias vertebrais.