Avaliação educacional

Quando se estrutura uma avaliação educacional externa aplicada em larga escala, duas formas principais de análise de resultados apresentam-se como opções para definição do desempenho dos participantes: a análise normativa e a análise criterial (também conhecidas como avaliação normativa e avaliação criterial).
A avaliação normativa é caracterizada por tomar com referência, ou comparar, as realizações dos alunos que pertencem a um mesmo grupo – o que muitas vezes lhe confere uma natureza seletiva e competitiva (Scriven, 1991, p.335-336). Nessa modalidade, grupos de estudantes de sistemas educativos diferentes, pertencentes a contextos culturais, sociais e econômicos diversos, são avaliados comparativamente, sem a determinação de objetivos de rendimento que permitam diagnosticar a realização acadêmica de cada estudante.
Essa avaliação, segundo Afonso (2009, p. 34), parece ser a modalidade mais adequada quando a competição e a comparação se tornam o objetivo do processo de avaliação, pois os resultados quantificáveis referentes ao domínio cognitivo e instrucional tornam-se mais importantes dos que aqueles relacionados a outras dimensões da aprendizagem.
Já a avaliação criterial do desempenho dos estudantes é referida na literatura como a modalidade de análise oposta, por excelência, à avaliação normativa.
Enquanto a avaliação normativa baseia-se na comparação e seleção dos participantes, a avaliação criterial verifica a aprendizagem de cada aluno em relação a objetivos previamente definidos em função de suas realizações individuais (Afonso, 2009, p.34). Esse aspecto faz com que a modalidade criterial de análise dos resultados seja uma facilitadora do diagnóstico das dificuldades, da programação das atividades de acompanhamento, reforço e recuperação dos alunos, e dos juízos de promoção dos estudantes ao longo das etapas escolares.
Nesse sentido, a avaliação criterial só pode ser concretizada mediante a apli-cação de instrumentos construídos com preocupações