Avaliação da constante prevalência da mortalidade materna na região nordeste
INTRODUÇÃO: A saúde da mulher é um tema bastante relevante, oportuno e pertinente em qualquer circunstância e a qualquer tempo. A mortalidade materna, resultante de complicações diretas e indiretas da gravidez, parto ou puerpério é um bom indicador da saúde da mulher na população bem como do desempenho dos sistemas de atenção à saúde. Por ser um problema de saúde pública, estratégias como a atenção ao pré-natal e hospitalar às gestantes visam enfrentar tal problema. No entanto, ainda não há a melhoria necessária e as mortes maternas são classificadas como por causas obstétricas diretas ou indiretas. As diretas resultam de complicações durante a gravidez, o parto ou o puerpério. As indiretas decorrem de doenças preexistentes ou que se desenvolveram durante a gestação e que foram agravadas pelos efeitos fisiológicos da mesma. OBJETIVOS: Destacar a constância que tem havido na mortalidade materna em todos os estados da região Nordeste, sendo avaliada através da elaboração de um perfil epidemiológico deste dado nos últimos anos. METODOLOGIA: Foi realizada uma coorte histórica incluindo todos os casos de óbitos maternos por causas relacionadas ao capítulo XV do CID 10 (Gravidez, parto e puerpério) entre os anos de 2002 e 2011 na região Nordeste, tais casos foram coletados a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) através do dataSUS. RESULTADOS: Entre os anos de 2002 a 2011 foram notificados 5811 óbitos maternos por causas relacionadas à gestação, parto e puerpério na região Nordeste abrangendo todos os nove estados que a compõem. Os estados que registraram o maior e o menor número de óbito foram, respectivamente, Bahia (27,5%) e Rio Grande do Norte (3,7%). O ano de 2009 foi o que registrou o maior número de casos de todo o período, com 617 óbitos (10,6% do total). Independente do estado, foi constatada uma relativa constância do número de casos e principalmente, não há