Avaliação da aprendizagem
ANA MARIA SAUL
Introdução
A avaliação acontece no dia-a-dia é diferente daquela que estamos acostumados a fazer quando nos encontramos na escola. É de caráter informal, privado, não sistematizado, envolve impressão e sentimento. Na escola, a avaliação é formalizada, é mais complexa do que a avaliação cotidiana e não pode ser entendida unicamente como o momento de aplicação de provas e julgamento dos trabalhos dos alunos, quando então se atribui notas ou conceitos. A literatura educacional aponta diversos tipos de avaliação; “um casaco de várias cores”, figurativamente, para mencionar as diferentes modalidades da avaliação: rendimento escolar ou aprendizagem, avaliação de cursos, programas, projetos, currículos, sistemas educacionais, políticas públicas.
Avaliação da Aprendizagem: uma “janela” para o aperfeiçoamento da prática docente
É interessante trazer, a bem da História, a explicitação dos motivos que geraram a reprodução, no Brasil, mesmo distanciada no tempo, dos rumos dos acontecimentos nas áreas de currículo e avaliação Este entendimento passa necessariamente pela análise do contexto que inclui as relações mais amplas que se estabeleciam entre a sociedade brasileira e a norte-americana, principalmente na área da Educação. Resgatar a história da avaliação educacional, demarcando e fazendo a crítica à transposição cultural é uma necessidade para a compreensão das raízes teóricas e da prática da cultura de avaliação no Brasil. É possível entender a avaliação da aprendizagem no Brasil, tanto em termos da produção e divulgação biográfica, como de sua prática. De acordo com os solicitantes da pesquisa, os professores consideravam a avaliação da aprendizagem um problema crítico no seu trabalho docente; não estavam satisfeitos com a avaliação realizada e queriam mudá-la. Mais ainda, consideravam que mudando a avaliação, melhora-se a qualidade de ensino. A