autores da psicologia humanista existencialista
Durante o século XIX e início do século XX, muitos dos tratamentos psicológicos baseavam-se na idéia de que as doenças mentais eram um mal patológico estável que precisava ser curado. A psicanálise, por exemplo, definia as pessoas com problemas de saúde mental como ‘neuróticos’. As doenças mentais possuíam uma imagem negativa, e a maioria das abordagens e teorias psicológicas ofereciam definições estritas, explicações bem estruturadas das causas por trás dos distúrbios mentais e métodos de cura preestabelecidos. O psicólogo americano Carl Rogers (1902-1987), adotou uma abordagem muito mais esotérica da questão da saúde mental e, com isso, provocou uma ampliação definitiva dos métodos da psicoterapia. Ele achava que as filosofias correntes eram estruturadas e rígidas demais para dar conta de algo tão dinâmico quanto a experiência humana; e que a humanidade é diversificada demais para ser encaixada em categorias limitadas. Rogers partiu do princípio de que é absurdo ver o bem-estar mental como um estado específico e fixo; a boa saúde mental não se obtém de repente, ao final de uma série de etapas. Tampouco é alcançada porque se reduziu o estado de tensão neurótico de um indivíduo pela satisfação dos seus impulsos e pulsões biológicas, como quer o psicanalista. Também não pode ser cultivada adotando-se determinado programa, desenhado para desenvolver e preservar um estado de equilíbrio, ou de impermeável homeostase interna, e reduzir o efeito caótico do mundo exterior sobre o indivíduo, como recomendam os behavioristas. Carl Rogers não acreditava que um indivíduo existisse em estado defeituoso que demandasse conserto para viver em melhores condições, preferindo enxergar a experiência humana, bem como nossas mentes e ambiente, como algo vivo, em crescimento. Referiu-se a um ‘processo contínuo de experiência organísmica’ e entendia a vida como algo instantâneo e em andamento; a vida existe na experiência de cada momento. Uma concepção saudável