Automutilação
A automutilação é um distúrbio de comportamento que faz com que o paciente agrida o próprio corpo ao sentir profunda tristeza, raiva, nervosismo ou viver um trauma.É qualquer ato que visa conscientemente lesar ou destruir partes do próprio corpo sem que isso tenha nenhuma intenção de suicídio. É um sintoma comumente relacionado ao Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), mas também aparece em pessoas com depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, bulimia, anorexia, vitimas de bullying, esquizofrênicos entre muitos outros,algumas vezes quem infringe cortes na própria pele diz estar tentando expor a dor que sente dentro de si para fora. Como se fosse possível trocar a dor emocional ou psíquica por uma dor física, uma dor que o outro pode ver, uma dor mais fácil de tratar.
As dores da alma que não conseguem localizar, ou colocar algum remédio. De certo modo, isso vai de encontro à busca através da dor de se sentir vivo. Às vezes a angústia exacerbada leva a certo estado de não se sentir real, como se a dimensão física não existisse. A dor lembra que ele tem um corpo – existência concreta e real.Provavelmente cada indivíduo que o pratica poderá dar uma explicação para suas próprias ações. O certo é que há um sofrimento que não pode ser desprezado
São muitos e variados os meios que podem ser usados na automutilação: lâminas de barbear ou facas, queimaduras, tesouras, mordidas… Longe da vista dos outros, no refúgio do quarto ou de uma casa de banho. Estas lesões praticadas repetidamente não têm a intenção de chamar a atenção, representam antes uma forma de controlar as emoções, ansiedades, raiva, sensação de vazio… uma expressão de grande mal-estar interno, como forma de aliviar fisicamente a dor que é psicológica e emocional.
A grande maioria dos casos de automutilação observa-se na fase da adolescência (etapa de grandes alterações a todos os níveis), pelo que é mais uma razão para os pais estarem muito atentos à expressão