Automedicaçao em idoso
AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS
INTRODUÇÃO
Em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, o envelhecimento da população ocorre de forma acentuada, o número de habitantes com sessenta ou mais anos de idade passou de três milhões em 1.960 para quatorze milhões em 2.000, devendo atingir trinta e dois milhões em 2.025, correspondendo a sexta mais numerosa população idosa do mundo.
A população idosa é vítima freqüente da automedicação - o ato de consumir medicamento sem prescrição médica. Esta prática pode surgir por diversos fatores e contextos socioeconômicos.
Com o intuito de alívio da dor ou sintomas, os idosos procuram direto a farmácia ou os próprios medicamentos que têm em casa, o que pode acarretar sérios riscos a saúde. A polifarmácia pode contribuir para a automedicação nos idosos, sendo que é o ato de consumir medicamentos para combater as reações indesejadas de outros medicamentos que se faça uso. A automedicação encontra-se em contínuo crescimento sendo favorecida pela multiplicidade de produtos farmacêuticos lançados no mercado e pela publicidade que os cerca, pela simbolização da saúde que o medicamento pode representar e pelo incentivo ao autocuidado, pois explora o conhecimento dos consumidores acerca dos produtos e seus efeitos diversos. Facilmente podem-se comprar medicamentos sem a apresentação de uma receita médica, sendo que, segundo a lei, precisam de prescrição. Na farmácia encontra-se o balconista que visa o lucro sobre o medicamento relacionado à venda, deixando o papel fundamental do farmacêutico de lado, na internet não há relação paciente-farmacêutico para esclarecimento de dúvidas, assim como nas vendas pelo telefone. Uma taxa de 10 a 20% das internações hospitalares de idosos decorre de reações adversas a medicamentos, sendo estes são mais vulneráveis a riscos inclusive porque são excluídos dos ensaios clínicos, desconhecendo a farmacodinâmica de muitos medicamentos nesta faixa