Automedicação: fatores relevantes para a prática em idosos
O aumento da população idosa no Brasil traz desafios cada vez maiores aos serviços e aos profissionais de saúde, pois à medida que se envelhece surgem doenças crônicas, fazendo com que dependam de tratamento medicamentoso prolongado e contínuo, levando também ao alto índice de auto-medicação nessa fase da vida. Neste contexto, este estudo tem como objetivo investigar a utilização da automedicação pelos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do bairro São Geraldo II no município de Montes Claros Minas Gerais, já que na atualidade a acessibilidade aos medicamentos é facilitada é comum, podendo assim haver abusos no consumo, e daí resultarem graves problemas de saúde. Neste estudo optou-se por uma pesquisa de campo, descritiva e quantitativa. Foi utilizado para a coleta questionário estruturado contendo 12 questões, sendo elas 10 de múltipla escolha e 2 abertas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unimontes, sob o parecer 1951/10. Agrupam-se diversas variáveis como idade, sexo, estado civil, escolaridade, renda familiar e questões relacionadas à automedicação. A idade média foi de 68 anos, em relação ao sexo, 50% do sexo feminino e 50% do sexo masculino. Em relação ao estado civil 70% são casados, 20% solteiros, 10% viúvos, no quesito escolaridade 30% são analfabetos, 60% possuem o 1º grau incompleto e 10% relataram ter o 2º grau incompleto, quanto à renda 100% dos entrevistados recebem cerca de um salário mínimo por mês. Observou-se que 100% dos entrevistados praticavam a automedicação. Em relação aos motivos que os levaram a automedicação, 80% relataram facilidade de aquisição do remédio, e 20% disseram encontrar dificuldade para agendar consulta médica. Esses dados confirmam os estudos no qual dizem que consumo de medicamentos sem prescrição é cada vez mais freqüente entre populações, independentemente dos diferentes contextos socioeconômicos e culturais, sendo essa