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A ORIGEM E A HISTÓRIA DA RECICLAGEM NO MUNDO
A ORIGEM E A HISTÓRIA DA RECICLAGEM NO MUNDO
Era a década de 1940 e o mundo se deparava com um de seus piores conflitos – a Segunda Guerra Mundial. Após o ataque a Pearl Harbor e a entrada dos Estados Unidos no front, à economia norte-americana voltou-se totalmente para a produção bélica. Fora dos campos de batalha, a população civil empenhava-se em suprir a indústria de matérias-primas escassas e altamente necessárias como borracha, metais, papel, madeira, latas e tecidos. Nos países envolvidos no conflito – o Brasil inclusive – campanhas governamentais incentivavam os cidadãos a doar jornais velhos, panelas, vasilhames de leite, restos de alumínio, pneus, enfim, tudo que pudesse ser reutilizado para o esforço da guerra.
O estímulo à reciclagem de materiais durante a guerra foi excepcional, porém, não era estranho à cultura do século 20. No período anterior ao boom econômico que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, não existia o consumo em massa e bens hoje fartamente adquiridos eram raros.
Ao fazer a pesquisa para o seu livro Waste and want: a social history of trash, a professora de história Susan Strasser se surpreendeu com a resistência da sociedade norte-americana do início do século 20 em se livrar de seus pertences velhos, hoje considerados inúteis.
Seja devido às dificuldades econômicas da época, seja pela vida difícil daquela primeira geração de imigrantes ou o sucesso do comércio de material usado, o fato é que não se jogava nada fora. As pessoas compravam alimentos por volume e não em pacotes, faziam sopa com os restos das refeições, fabricavam brinquedos de caixinhas velhas de papelão e sobras de pano, consertavam tudo que pudesse ser reutilizado e, em último caso, queimavam o que não tinha mais função para manter as casas aquecidas.
“Mesmo os cidadãos das classes mais abastadas não viam nada demais em negociar trapos e sobras de tecidos com os mascates em