Automacao
Constantino Seixas Filho ATAN Sistemas de Automação seixas@atan.com.br
RESUMO
O conceito embutido na palavra automação passa por uma revolução. Primeiro devido a uma especialização causada pela melhor compreensão dos diversos tipos de processo. Automação de processos contínuos, em batelada e de manufatura requerem normas e produtos diferentes, que melhor atendam a identidade de cada setor. A segunda revolução corresponde ao aumento do escopo das atividades. A automação rompeu os grilhões do chão de fábrica e buscou fronteiras mais amplas, se abrangendo a automação do negócio ao invés da simples automação dos processos e equipamentos. Nascem aí os sistemas de gerenciamento da produção ou EPS- Enterprise Production Systems, termo mais amplo que o conceito original de MES. E da produção passamos a gerenciar os materiais, através de Warehouse Management Systems, as vendas, através dos sistemas de automação de força de vendas e a inter-relação entre as diversas etapas da nossa cadeia de suprimentos, através dos sistemas de supply chain. Isto abre novas perspectivas para os provedores de engenharia e produtos, desmentindo o conceito de que automação virou commodity.
1. UM POUCO DE HISTÓRIA:
A automação industrial se caracterizava, há alguns anos atrás por um terrível imobilismo. Os sistemas abertos eram o inalcançável Santo Gral. Era a época do culto ao fornecedor. Neste regime feudal, ninguém queria abrir seu território e permitir o acesso dos demais fornecedores aos seus clientes sagrados e encurralados. O mote do período seria: “Faça a sua escolha por uma seita, digo marca, e devote fidelidade eterna à sua tecnologia…”. Quem conseguiu subverter este ambiente de radicalismo tecnológico foi, na minha opinião, o aparecimento simples e despretensioso do PC. Caíram os painéis sinópticos, sumiram as mesas de controle e o PC passou a reinar como a plataforma preferida de supervisão e operação de