Autofagia da civilização moderna
A Autofagia de uma Civilização Estribada no Lucro e na Competição
Por:
Sanderson Dias Bragança
VITÓRIA
2006
SUMÁRIO
Introdução, 2.
I Razão, poder e sociedade, 6.
II A necessidade de transformação, 10.
III A possibilidade da transformação, 21.
IV O Plano Revolucionário de Imanência e seus principais desdobramentos na modernidade, 24.
V O Princípio da Cooperação, 34.
VI Conclusão, 38.
Referências bibliográficas, 42.
Introdução O homem em sua ânsia de poder conseguiu desenvolver nos últimos anos uma incrível capacidade de destruir seu habitat e a si próprio. O planeta agoniza com a destruição da natureza, e os atentos pasmam com a violência entre homens que subsumidos a uma racionalidade fundada numa competição autofágica, e em decorrência disso, cada vez menos humanos, eliminam-se uns aos outros comprometendo como nunca a convivência e a sobrevivência na Terra. Diante da crise por que passa nossa convivência e existência, propus-me a analisar esta questão, buscando compreender a razão pela qual a sociedade humana atual parece caminhar rumo a sua própria destruição, de modo a incursionar num trabalho propositivo acerca da necessidade de soluções e novos rumos à humanidade, que se vê assolada por um modelo capitalista de sociedade que não mais responde sequer às necessidades dos que detêm o poder, uma vez que estes sofrem com o medo da violência, enquanto que os excluídos penam com a fome e a desesperança. Em outras palavras, por que as relações entre homens e do homem com a natureza trazem consigo cada vez mais as marcas da violência e da autodestruição ? Num trabalho que se pretenda ser filosófico, a questão da fundamentação das coisas deverá sempre ser uma preocupação, pois, concordando com o filósofo Maurício Abdalla em seu ensaio Filosofia e Globalização[1],