Auto-resumo
É importante ressaltar que para o autor as representações coletivas não se resumem apenas às somas das representações dos indivíduos que constituem a sociedade. Estas são uma realidade que se impõe aos indivíduos, de forma coercitiva, sem chances de escolha para os mesmos, pois quando estes nascem já encontram essa realidade formada.
Na perspectiva de Durkheim (1993) as representações coletivas são fenômenos permanentes e, referem-se às tradições, às lendas e mitos, com força autônoma em relação ao sujeito. A consciência externa predomina sobre a consciência interna, e o indivíduo não tem como reagir à realidade que o cerca, caracterizando-se como um elemento passivo na relação indivíduo-sociedade; apenas reproduz o que é previamente estabelecido por seu entorno social. A sua maneira de agir e pensar vem de uma força externa; não há ressignificação da realidade pelo indivíduo, apenas a sua conformação.
Moscovici (2001) aponta que Durkheim separa as representações coletivas das representações individuais. A primeira ele confere um caráter de estabilidade, de transmissão e de reprodução e à segunda, um caráter efêmero. Traz a posição de Durkheim em relação a essa separação, quando este autor afirma que:
Se é comum é porque é óbvia da comunidade. Já que não é marca de nenhuma inteligência particular, é porque é elaborada por uma inteligência única, onde todas as outras se reúnem e vêm, de certa forma, alimentar-se. Se ele tem mais estabilidade que as sensações ou as imagens é porque as representações coletivas são mais estáveis que as individuais, pois, enquanto o indivíduo é sensível até mesmo a pequenas mudanças que se produzem em seu meio interno ou externo, só eventos suficientemente graves conseguem afetar o equilíbrio mental da sociedade. (p. 48)
Dessa forma, fica