Auto Falantes I - Quando o tamanho faz a diferença
A escolha correta do tamanho (diâmetro do cone) e da quantidade dos alto-falantes a serem utilizados no interior de um veículo é uma das principais lições do mundo do som automotivo. É uma informação importante por um motivo simples. O ouvido humano é capaz de ouvir (distinguir) sons subgraves, graves, médios e agudos; ou seja, sons com freqüências que vão desde 20Hz até 20.000Hz. E não há um único equipamento capaz de reproduzir essa faixa de freqüência sozinho.
O princípio de qualquer projeto deve ser justamente alcançar todas essas freqüências audíveis. Se o conjunto de alto-falantes que você for colocar no sistema de som puder reproduzir todas essas freqüências, então as chances de o som ter qualidade serão muito boas. Para podermos escolher os tamanhos corretos dos componentes devemos entender o que cada tamanho é capaz de fazer.
A coisa toda não é complicada. Para reproduzir sons graves, precisamos de generosos deslocamentos de ar, mas não necessitamos de muita velocidade (a quantidade de excursionamentos completos que o cone deve realizar é proporcional à freqüência que está reproduzindo; assim, para reproduzir graves de 50Hz, o alto-falante precisa de apenas 50 excursionamentos completos no intervalo de 1 segundo). Isso implica no uso de versões com grande área de cone, o que significa que o alto-falante terá um cone com maior massa, maior inércia e maior resistência (imposta pelo ar) ao seu movimento. Em função dessas características, os subwoofers e woofers não conseguem ter muita velocidade, mas podem realizar grandes excursionamentos.
São produtos projetados, portanto, com o propósito de reproduzir exclusivamente os sons graves. Quer dizer, devem ser utilizados, não esqueçam disso, APENAS para essa finalidade.
Para os amantes da matemática:
Se:
Área = p.r2 onde: p = 3,1415 ... r = raio da circunferência do alto-falante
Então o volume deslocado é igual à área do cone vezes o