Auto da Barca do Inferno
Auto – peça
Primeiramente foi feita como caráter religioso, mas passou a ser popular. Representa o juízo final católico de uma maneira satírica. O livro mostra duas barcas, a do paraíso e a do inferno, com o diabo e um anjo respectivamente nelas, que servem para levar as almas dos mortos para seus lugares.
Um fidalgo chega, e é designado a ir para o inferno por conta de seus pecados, tirania, luxuria... ele não concordo acreditando que deve ir para o céu pois deixou pessoas rezando por ele, mas o anjo o nega, pede então para rever sua amada q ele diz ter amado-o muito, mas era mentira. Também chega um agiota, que também vai para o inferno por ganância e avareza.Ele pede para ir com o anjo, q o nega também. Pede para ir pegar suas riquezas, mas o diabo nega. Por fim chega um qualquer, no qual o diabo tenta faze-lo ir com ele, mas quando este descobre o destino da barca vai falar com o anjo, e por sua humildade o anjo o deixa entrar. Um sapateiro é condenado por roubo, vai para o inferno. O frade vai para o inferno por falso moralismo religioso. Uma alcoviteira vai para o inferno pois prostituiu muitas meninas. Chega um judeu com seu bode q pede para ser levado pelo diabo, mas ele diz q não leva bodes, então tenta ir com o anjo q não é possível pois não aceita o cristianismo, logo o diabo o aceita, mas para ir rebocado.
Chega um corregedor e um promotor, q são designados ao inferno, mas não aceitam e começam a por em pratica sua defesa e vão falar com o anjo q os recusa por usar a justiça para beneficio próprio, assim indo com o diabo. Um homem q foi enforcado vai com o diabo, por corrupção.
Por fim chegam quatro cavaleiros, que dizem q o seu caminho é seguir o destino, dizem q morreram por Deus, e assim entram com o anjo.
No livro percebe-se que todos aqueles que vão para ao inferno chegam com algo em mãos representando seu apego pela vida. E a quem se oferece o céu, são cristãos e puros.
Escrito em versos de sete sílabas poéticas,