Auto-confiança e desempenho desportivo
Autoconfiança e desempenho desportivo
Introdução
A competição é a oportunidade onde o atleta demonstra suas habilidades e competências, desafiando seu desempenho, seja numa perspectiva pessoal ou na tentativa de quebrar um recorde (DE ROSE JUNIOR, 2002). O desempenho desportivo de excelência caracteriza-se pela combinação de um conjunto de factores, dentre os quais se destacam a condição física, o nível técnico e o aspecto psicológico (MARAVIESKI, CALEGARI e GORLA, 2007). Porém, em diversas modalidades, se observa que os aspectos físicos, técnicos e tácticos estão cada vez mais semelhantes entre os competidores, sugerindo que o estudo das variáveis psicológicas torne-se um diferencial na busca pelo resultado (FERREIRA, 2008). Deschamps e De Rose Junior (2006) afirmam que a preparação psicológica influencia em uma série de modificações nos processos e estados psíquicos do atleta. De acordo com Quadros, Vicentim e Crespilho (2006) a autoconfiança é uma das variáveis a ser desenvolvida pelos atletas a fim de lidar com determinadas situações inerentes ao contexto desportivo competitivo. A autoconfiança pode ser entendida como a crença do indivíduo quanto à sua própria capacidade de realizar com sucesso um comportamento desejado (WEINBERG e GOULD, 2001). Quando desenvolvida em níveis ideais pelo atleta, a autoconfiança auxilia no desempenho desportivo, intensificando as emoções positivas, aumentando a concentração, estabelecendo metas mais desafiadoras, aumentando o esforço e desenvolvendo estratégias competitivas efectivas (MACHADO, 2006). No entanto, quando muito elevada, a autoconfiança pode ser prejudicial ao desempenho desportivo, nos casos em que o atleta apenas acredita no seu potencial psicológico para realizar uma tarefa proposta e não possui atributos necessários como a condição física, nível técnico e táctico (O´BRIEN et al., 2005). Este estudo objectivou revisar a literatura acerca das relações entre a autoconfiança