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O grupo social exerce sobre seus membros um controle para que estes não se desviem das normas aceitas. Tal controle é quase imperceptível e, por outro lado, os próprios indivíduos acabam por se autocontrolar, ao internalizar os padrões normativos sociais. Em toda sociedade encontram-se os chamados valores sociais, sendo estes variáveis de acordo com as sociedades e suas culturas, e até mesmo dentro de uma mesma sociedade quando se consideram os grupos, camadas e classes sociais que a compõem.
Existe, nas sociedades, certo consenso entre seus membros a respeito do que é feio e bonito, bem ou mal, agradável e desagradável, honrado e vergonhoso etc. Tais normas e valores são interiorizados pelos indivíduos, que desde crianças passam por processos que os habituam a respeitar os costumes da sociedade em que vivem. Os valores se organizam então em um “ideal” que a sociedade impõe a seus membros, que orienta os pensamentos e os atos dos indivíduos. À medida que os valores se transformam em normas e costumes, passam a assegurar a regulamentação da vida dos indivíduos e dos grupos de uma sociedade. Associa-se este tipo de controle ao funcionamento das sociedades, isto é, acredita-se que a vida em sociedade não seria possível se não houvesse mecanismos de controle sobre os indivíduos que nela se encontram, pois assim imperaria a desordem nas relações entre indivíduos e grupos sociais.
Uma norma pode ser sociologicamente entendida como uma obrigação social a que o indivíduo está submetido. Estas normas correspondem a ideias do que é certo e do que é errado e, a partir delas, se exigem do indivíduo certos atos e se proíbem outros. Quando existem normas, existem também sanções e intervenções para quando são infringidas. As normas que se aplicam em uma