Aula magna
A Folha, para dizer que haverá um bilhete único para o ônibus (municipal) e o metrô (estadual), gera um título que é um primor de patrimonialismo: "Bilhete mensal vai valer em ônibus de Haddad e no metrô de Alckmin". Cujo um é (PT e o outro PSDB).
Li o artigo da revista Piauí sobre a posse de FHC na Academia de Letras. Irônico, um pouco maldoso, como é do feitio da revista. Mas não diz sequer se João Ubaldo Ribeiro esteve presente à posse do, agora, colega de fardão. João Ubaldo, quando FHC era presidente, escreveu um artigo muito agressivo contra ele. Pedia até mesmo que FHC, caso se encontrassem, não o cumprimentasse. Encontraram-se? Cumprimentaram-se? João Ubaldo votou nele? Se eu fosse jornalista, seria a primeira curiosidade.
Dilma pelo visto recuperou sua vantagem de antes das manifestações de junho. Aécio, Eduardo Campos e Marina caem. Mas curiosamente os mesmos que dão tantos votos a Dilma querem mudança.
Água ainda vai correr debaixo da ponte.
Sobre a fuga de Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão, para a Itália: duvido muito das teorias malucas que dizem que a Itália irá barganhar a extradição dele, exigindo Battisti em troca. Isso não faz o menor sentido. Ambos são italianos, a Itália não vai trocar um italiano por outro. Battisti é, de fato, mais importante para a Itália do que Pizzolato, mas ambos têm os mesmos direitos civis e acho dificílimo que role tal barganha. O fato de Pizzolato ser concomitantemente italiano e brasileiro não o torna "meio italiano e meio brasileiro". Não existe isso de "meio". A pessoa que tem dupla cidadania é inteiramente italiana e inteiramente brasileira.
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