AULA 3 IGREJA MEDIEVAL
Orvieto: catedral gótica colorida com mosaicos e mármore
A Igreja católica era a mais poderosa instituição da época feudal. Sua influência e força não cessaram de crescer durante boa parte da Idade Média: Por que? Por quais fatores?
Grande poder econômico - devido às diversas doações e os dízimos exigidos, às isenções de impostos chegando a possuir riquezas, bens móveis e imóveis.
A imposição do celibato clerical - para a preservação dos bens eclesiásticos como patrimônio da Igreja, excluindo qualquer direito legal a eventuais herdeiros dos sacerdotes.
Unidade religiosa - conquistada através de constante ação evangélica e, diga-se, através também de instrumentos repressivos como a Inquisição, criada no século XII. O combate às heresias manteve a Igreja como única detentora do saber e da educação, sem esquecer a pregação e organização de empreendimentos militares como as cruzadas, contra os inimigos (heréticos, pagãos e infiéis).
O controle da educação - de fato o clero constituía a minoria intelectual. Monopolizando o saber, ler e escrever, dominando o ensino, a Igreja dirigiu as atividades culturais e formulou os princípios jurídicos que nortearam o mundo feudal europeu.
A sólida organização, centralizada e hierarquizada - fez da Igreja um verdadeiro Estado, cujos limites se sobrepunham às fronteiras e instituições medievais.
Até o século III d.C. a perseguição aos cristãos foi bastante intensa no Império Romano. A causa principal não estava ligada à religião, como se pode imaginar à primeira vista, mas sim à política. Os cristãos se recusavam a render culto ao imperador, contrapondo-se, assim, à religião oficial do estado. As invasões bárbaras geraram um clima de muita insegurança e de instabilidade. O quadro da crise do império romano do Ocidente tornou-se mais agudo. Desordem administrativa, despovoamento das cidades, ruralização, desintegração da autoridade central, quebra da hierarquia militar eram alguns elementos visíveis de