Aula 3 DIRETRIZES PARA A LEITURA ANAL TICA
Algumas questões são pertinentes:
(1) O que é ler?
(2) Para que ler?
(3) Como e o que ler?
A resposta que daremos a essas questões estará intimamente ligada à concepção de leitura que defendemos.
RETRATO DE ARTISTA ENQUANTO COISA
Manuel de Barros
A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou – eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva, etc
Perdoai.
Mas eu preciso ser outros.
Eu preciso renovar o homem usando borboletas
Concepções de leitura
• 1- Leitura enquanto decodificação: descoberta de sentido • Leitor é observador;
• Desvendar
• Minerador (metáfora)
Caracterizada pela forma parafrásica de se ler, a visão estruturalista considera a legibilidade como fator condicionado ao que está dito no texto, sendo que o sentido está ligado à forma linguística e seus mecanismos de textualidade.
O texto é uma estrutura e tudo está contido nele, cujos limites coincidem com os limites da página escrita e ao leitor compete encontrar as ideias (DANTAS, 2010)
• Angela Kleiman (1993) as práticas de leitura como decodificação não modificam em nada a visão de mundo do leitor, pois se trata apenas de automatismos de identificação e pareamento das palavras do texto com as palavras idênticas em uma pergunta ou comentário. 2- Leitura enquanto interação
• A leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele (Paulo Freire,
2000)
• Kleiman (2002) diz que, para que haja a compreensão, o leitor aciona o seu conhecimento prévio, por isso a leitura é considerada um processo interativo. O conhecimento prévio envolve o conhecimento lingüístico
(conhecimento semântico e sintático), o conhecimento textual (reconhecimento de marcas narrativas, descritivas, argumentativas), o conhecimento de mundo