AULA 1
Autora: Maria Raquel Mattoso Mattedi
“Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
Paulo Freire
Olá,
A aula de hoje pode ser considerada como um complemento da anterior, que versou sobre a Legislação Ambiental. Isto porque também faz parte da Política Nacional do Meio Ambiente a introdução da Educação Ambiental, em todas as esferas do nosso sistema de ensino. A partir de discussões, internacionais e nacionais, chegou-se ao consenso de que, se considerando a gravidade dos problemas ambientais, alguma coisa deveria, urgentemente, ser feita no sentido de evitar, minimizar e reverter os danos causados ao meio pelas sociedades humanas. Sendo assim, nossa aula de hoje terá como objetivo apresentar o processo de surgimento e institucionalização desse tema que se convencionou chamar de Educação Ambiental - EA. Serão apresentados seus princípios, finalidades e objetivos, além de algumas observações sobre os seus conteúdos e métodos, apontando ainda algumas críticas acerca de como a Educação Ambiental vem sendo feita no Brasil.
PARA COMEÇAR
Por ocasião da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Meio Ambiente, a RIO-92, conforme já falamos na aula 3, aconteceu, paralelamente, um Fórum de organizações não-governamentais (ONGs) e de representantes dos movimentos sociais, de todo o mundo. Neste Fórum foi realizada a Jornada Internacional de Educação Ambiental, cuja Conferência de Abertura foi proferida pelo pernambucano Paulo Freire.
Você já ouviu falar em Paulo Freire?
Pois bem, Paulo Freire foi um grande educador brasileiro, reconhecido internacionalmente, que se dedicou ao ensino, especialmente à educação popular. Dedicou-se também à educação de adultos e, em 1963,