Aula 02 WGG
Qualidade Controlada pelo Artesão
Desde que começou a manufaturar produtos para o seu próprio uso e para o uso de seus familiares, o homem controlava todo o processo de artesanato: concepção, projeto, escolha da matéria-prima, fabricação e controle da qualidade.
Com o surgimento do mercado, o homem começou a vender os seus produtos diretamente para o consumidor. O artesão incluiu mais uma etapa no seu ciclo de trabalho – a comercialização do produto. Como a produção era muito pequena, o artesão, nessa época, tinha um controle integrado de todo o processo produtivo: desde o marketing até a entrega do produto ao consumidor. Ele praticava o que hoje se pretende implantar – o autocontrole.
A proximidade entre o produtor e o consumidor permitia um retorno imediato de informação sobre o desempenho do produto. O artesão sabia quais eram as necessidades, expectativas e os desejos de seus clientes que, por sua vez, conhecendo as aptidões e as limitações do artesão, também sabiam o que dele podiam esperar, não havendo, portanto, nenhuma quebra de expectativa quanto ao produto fornecido.
Entre eles não havia intermediários. Quando o cliente estava insatisfeito, imediatamente reclamava ao artesão, que incorporava as melhorias necessárias ao produto. Com o aumento do mercado, o artesão, sozinho, já não conseguia controlar e executar todo o processo produtivo. Além dos aprendizes, que o acompanhavam por mais de cinco anos para adquirirem conhecimento e habilidade, surgiu a necessidade de se empregar oficiais e diaristas para atender à demanda cada vez mais crescente.
Foi assim que surgiu a primeira relação capital/trabalho – ainda de uma maneira muito incipiente. O artesão, que era o patrão, além do seu próprio trabalho, fornecia as máquinas, matéria-prima e conhecimento.
Revolução Industrial:
A Qualidade Controlada pelos Mestres e Supervisores
Embora a máquina a vapor já existisse, foi James Watt, engenheiro escocês, quem a tornou economicamente viável.