Auh0412 -restauro (resenha final - ano 2010)

O restauro em arquitetura tem, por objetivo, garantir a preservação dos bens histórico-culturais de nossa sociedade, garantindo assim às gerações futuras o acesso à história e memória, patrimônios esses que são direito de todos. Ao longo da história, a restauração e preservação de bens culturais – dentre eles, a Arquitetura – foi tratada de formas distintas. Desde Viollet-Le-Duc, e sua teoria baseada na chamada “restauração estilística” – que, se por um lado lançou as bases para o que viria a ser toda uma futura teoria da restauração, por outro foi em grande parte responsável pela destruição de parte considerável do patrimônio histórico-arquitetônico europeu de seu período -, até a “não-reconstrução” de John Ruskin e William Morris – que taxava a restauração de “morte do edifício” e, se por um lado aconselhava a manutenção periódica afim de prolongar a vida útil da obra construída, por outro condenava veementemente qualquer forma de reconstrução ou restauro -, vários teóricos ao longo dos anos se propuseram a discutir o tema. Dentre as inúmeras questões a discutir que o Restauro coloca, uma delas diz respeito à autenticidade da obra, e o valor desse conceito. Raymond Lemaire, em seu texto, discute o conceito da autenticidade de uma obra, seja ela de arte ou de arquitetura. Dessa maneira ele expõe considerações a respeito do assunto de modo a tentar definir precisamente o “autêntico”. A preocupação do autor se deve à escassez de sentido pleno do conceito da autenticidade, mesmo tomando nota de que as convenções e cartas internacionais fazem referência a este conceito, porém não o especifica de modo satisfatório. Raymond Lemaire tentando definir um conceito-base de restauração se surpreende pelo fato de não haver sobre o assunto uma definição precisa nos numerosos documentos que a elas fazem referência. Também faz menções aos variados aspectos que a autenticidade pode adquirir em cada campo do conhecimento humano em que é utilizada, como a literatura, a