Auguste Comte
Revisão de Teoria Sociológica – I
Auguste Comte (1798 – 1857):
Auguste Comte é um pequeno burguês e entusiasta da Revolução Francesa. Após desiludir-se com a Escola Politécnica de Paris, conhece Saint Simon, outro burguês, que, por sua vez, dá grande apoio a Independência das 13 colônias – a mais expressiva das manifestações da Revolução Burguesa – e tem ideias acerca de tornar a França uma república.
A lógica burguesa era derrubar o poder Absoluto e comandar o comércio. Adam Smith dizia que a auto regulação econômica é dada por uma mão invisível que regula o mercado. Para Saint Simon, porém, essa “mão invisível” não existe. Muito pelo contrário, o mercado é um caos e por isso não funciona direito.
Saint Simon tem extremo avanço nessa crítica. Inclusive, ele aponta as desigualdades da época e elabora uma teoria crítica a burguesia com um socialismo utópico – isto é, ideal. Para ele, não há dúvidas de que através da razão, da ciência e da filosofia, os cientistas e as indústrias poderiam organizar um governo mais estruturado.
No entanto, onde está o povo?
E é exatamente nesse ponto onde pesa o passado nobre de Saint Simon. Ele não quer uma classe miserenta e sem instrução no poder. É contra a monarquia, mas visa promover um governo esclarecido tão elitista quanto o monarca.
Bem, Comte, ainda lá na Politécnica, adere as ideias de Saint Simon, conhece-o e se torna seu estagiário. Passa a escrever suas concepções sobre a sociedade, que, Saint Simon, porém, discorda:
Para Comte, é necessário que haja uma reforma institucional e em seguida a moral. Para Simon, primeiro mudam-se as instituições e depois as pessoas. Esse é o ponto culminante da divergência entre os dois. O pensamento de Comte tinha por base a própria contradição da Revolução Francesa: aconteceu que Napoleão lutou para derrubar o poder monarca e autodenominou-se imperador. Ou seja, o pensamento das pessoas continuava preso ao velho, e, portanto, a reforma