AUDITORIA
A emergência de um novo cenário
Aqueles que cunharam, há algum tempo, a expressão Sociedade da Informação, talvez não tenham podido perceber que uma mudança importante, uma verdadeira revolução, estava sendo plasmada no seio desta Sociedade. Um verdadeiro salto qualitativo, que culminaria, antes mesmo da virada do milênio, na emergência da chamada Era do Conhecimento. Evidentemente, a informação permanece, neste novo cenário, como a matéria-prima fundamental, mas o foco se desloca: ao invés da valorização da capacidade de armazenar dados e de sua célere transmissão, a vantagem competitiva está centrada, agora, no desenvolvimento da inteligência para sistematizar informações, agregando-lhes um valor estratégico. Ou seja, nações ou empresas cultivam o conhecimento.
Na verdade, este novo cenário convive ainda com o tradicional, em que se privilegia a quantidade de informações em detrimento da sua qualidade, mas a transição para este novo patamar está se processando em ritmo acelerado, mesmo no Brasil. Os reflexos desta nova ordem no universo da Comunicação Empresarial são imediatos. As empresas já se aperceberam de que o quadro se alterou e que, portanto, são necessárias mudanças urgentes e drásticas na maneira de se relacionar com o mercado, com os públicos de interesse e com a própria opinião pública. Particularmente, os executivos da área estão convictos de que os limites entre as chamadas comunicação institucional ou corporativa e a comunicação dita mercadológica, antes consideradas como conceitualmente distintas, são cada vez mais tênues e difusos. Ou seja, a marca passa a definir-se efetivamente como uma comodity e há uma relação indissolúvel entre a imagem (ou reputação) da empresa e a sua posição no mercado. Em outros termos, não há espaço para a Comunicação Empresarial que não esteja focada no negócio.
Ao mesmo tempo, não é possível imaginar-se uma organização que não esteja