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Maputo, 17 Abr. (AIM) – O presente ano poderá ser difícil para Moçambique, uma vez que os reais impactos da crise financeira internacional, que eclodiu em 2008 nos países desenvolvidos, vão começar a fazer-se sentir efectivamente nos próximos tempos.
Entretanto, a dimensão desse impacto está dependente da forma como a União Europeia (UE) vai gerir a crise financeira que se vive neste momento, resultante da dívida soberana dos países daquela região. Esta posição foi defendida recentemente em Maputo, por Rogério Ossemane, economista e investigador do Instituto de Estudos Sociais e Económicos, durante o fórum da comunicação social sobre o impacto da crise da dívida soberana europeia na ajuda ao desenvolvimento de Moçambique.
“O impacto da dívida vai fazer-se sentir de agora em diante e tudo dependerá da forma como a Europa vai resolver a crise. Se ela vai agravar, ser contida ou manter”, disse a fonte.
O impacto poderá ser sentido no custo de vida, uma vez que os preços dos alimentos e do petróleo poderão atingir níveis muito mais elevados. Neste momento o barril do “brent” é cotado no mercado internacional a 123,5 dólares norte-americanos. Porque o custo de vida afecta directamente a população, Ossemane defende que o país deve diversificar e substituir as importações, o que poderá resultar na manutenção da riqueza e promoção da produção nacional.
Outro impacto será ao nível do comércio externo, uma vez que 60 por cento das exportações moçambicanas, dominadas pelo alumínio, vai para a União Europeia. Por outro lado, os níveis de ajuda dos países da UE, que são a maioria no grupo dos parceiros do Apoio Programático do Governo, sobretudo ao nível daquela que é controlada pelo Governo, são canalizados aos projectos, onde há maior controlo dos doadores. Assim, para fazer face a estes desafios que se colocam ao país, Ossemane considera que Moçambique deve apostar na diversificação das suas