Auditoria hospitalar

Carolina Costa Pinto

Resenha Crítica:

“ Das Práticas de Aprendizagem à Aprendizagem Organizacional ”

Belo Horizonte, 8 de dezembro de 2012

O texto aborda a aprendizagem organizacional como pouco consensual, atravessado por diversas abordagens, diferentes focalizações, dependentes da perspectiva dos autores. Algumas definições centram-se sobre o nível individual, negligenciando o coletivo, enquanto que outras enfatizam os processos organizacionais, ignorando os individuais. Outras definições examinam sobretudo os resultados da aprendizagem, atribuindo menor relevo ao processo de aprendizagem, à forma como os seus resultados são atingidos.
Uma definição mais abrangente é a sugerida por Fiol e Lyles (1985) que apresenta a aprendizagem organizacional como um processo que permite a melhoria e o desenvolvimento das ações organizacionais, através da aquisição de novos conhecimentos e de melhores compreensões. Esta definição abarca os níveis individual e organizacional, sublinhando que a aprendizagem não é só aquisição de conhecimento, mas, igualmente, a sua utilização.
Há consenso entre os autores de que a aprendizagem organizacional é base de sustentação necessária à mudança e competitividade de organizações (Dodgson, 1993; Schein, 1996; Crossan et alli, 1999). A aprendizagem organizacional é, assim, associada, à dimensão processual da mudança. A aprendizagem organizacional chega a ser considerada pelos praticantes como a única vantagem competitiva sustentável, especialmente na industria de alta tecnologia (Stata, 1989; Locke e Jain, 1995).
Investigar ou promover aprendizagem organizacional significa considerar a aquisição, a adaptação, a criação do conhecimento para os indivíduos, para os grupos e para a organização como um todo.
Os tradicionais programas de treinamentos e desenvolvimento tem um papel a cumprir na aprendizagem organizacional, mas sabe-se que eles não são suficientes e, muitas vezes, não são adequados, para promover as aprendizagens